O impacto da pandemia na comunidade portonense tem um lado propositivo: as pessoas e o poder público podem se unir para colocar comida na mesa de quem sente fome. É a partir desta premissa que Márcio Lacerda (PDT) apresentou na Câmara Municipal uma proposta que visa à implantação do programa Banco de Alimentos em Portão.
Ao ocupar a Tribuna do Legislativo na sessão ordinária desta segunda, 8 de março, ele destacou que o projeto se inspira em iniciativa realizada no ano passado pelo governo municipal. “O Centro de Arrecadação de Alimentos, que foi montado no Ginásio de Esportes, permitiu que milhares de pessoas enfrentassem a pandemia sem fome. No entanto, a crise econômica e social permanece, o que demanda uma política municipal permanente na área da segurança alimentar”, alerta.
Enquanto defendia sua proposta, Márcio destacava que os recursos do Município para essa finalidade são limitados, daí a necessidade de estabelecer parcerias através de um programa permanente. “Hoje, apenas seis famílias por dia conseguem ser atendidas pela Secretaria de Assistência Social, porém a demanda é maior, então temos de nos unir”, analisa o pedetista.
Em paralelo ao projeto de lei, Márcio anunciou que o seu gabinete, ainda nesta semana, vai lançar uma campanha de arrecadação de alimentos denominada “Portão do Bem”. Ele vai buscar o apoio do comércio para abrir pontos de arrecadação e, além disso, voluntários ajudarão na coleta dos donativos. “A entrega vai seguir os critérios da Assistência Social. Vamos montar kits e distribui-los com base técnica e legal.”
Combate ao desperdício
Prevista na Indicação 25/2021, a ideia dele também se justifica no fato de que o Brasil está entre os dez países que mais desperdiçam comida no mundo. Cerca de 1,3 bilhão de tonelada de alimentos são perdidas, ou seja, cerca de um terço de tudo que produzimos acaba na lata do lixo. Anualmente, o Brasil descarta cerca de 41 mil toneladas de alimentos”, argumenta o parlamentar.
Jornalista Marcelo Fiori
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